Abissínia recebeu este nome devido a seu lugarejo encontrado no mapa da Áustria, e que este lugarejo se encontrava em guerra, como vários outros lugares da Áustria, assim como o Brasil estava em combate na Guerra Mundial.
Por volta dos anos 1930 a 1945, alguns moradores dos bairros Rodeio 32, 50 e 12, descobriram que a picada que dava acesso ao morro pertencia às terras do bairro Rodeio 32. Curiosos e apreensivos, estes moradores se reuniram e iniciaram um desbravamento, pois o Brasil estava em combate na 2º Guerra Mundial (Itália/Áustria), na qual muitos combatentes brasileiros estavam morrendo e muitos rodeenses possuíam uma grande fé a Nossa Senhora Aparecida.
O trabalho árduo continuava, abrindo assim uma picada maior com ajuda de dinamites na quebra de enormes pedras e o curioso é que a cada dinamite que estourava quebrando os obstáculos, eles gritavam: Viva Dio! Viva la Àustria! Não deixando de chorar e rezar pelos rodeenses e brasileiros que estavam em missão de guerra e prometendo a Deus que se chegassem ao final da montanha, iriam construir uma Igreja com a imagem de Nossa Senhora Aparecida em agradecimento aos expedicionários que estavam em guerra, para agradecer a volta deles com a vida.
E, assim, depois de muita luta, dias e anos de muito trabalho, chegaram ao final da montanha, porém houve uma surpresa: encontraram lá uma família de seis membros de pele morena, vivendo com poucos recursos.
Uniram-se a esta família e iniciaram os trabalhos a base de facão e machado o desbravamento do local para a construção da Igrejinha (Capela), com a promessa de quando os rodeenses voltassem da guerra, iriam introduzir nesta capelinha a imagem morena, padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.
Com o passar do tempo e o fim da guerra e os rodeenses voltaram com vida, menos Dionísio Lorenzi, a promessa foi paga e uma pequena imagem foi introduzida na Capela.
Como a fé aumentava através de uma sequência de graças desbravaram mais terras e construíram uma nova Igreja, introduzindo uma nova imagem de madeira vinda de São Paulo doada pelo Senhor Ricardo Stiz, pela cura da doença de sua esposa Maria Stiz, sendo até hoje a imagem original, encontrando-se sob seus pés, a gravação de punho, escrita por sua filha Anita Stiz Morastoni.
Oficializou-se em 1978 a 1º caminhada de devotos, saindo da comunidade de Rodeio 32, carregando a imagem até o alto da montanha da abissínia onde aconteceram os festejos, culminando com essa missa e uma queima de fogos.
